segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TUDO SOBRE A VIDA E A CARREIRA DE MARJORIE ESTIANO, A MADRINHA DA TAL REVISTA!

Em nova fase, desta vez não a menina meiga e carismática, mas a mulher atraente e sensual, Marjorie vive a garota de programa Christine, na peça Inverno da Luz Vermelha, em São Paulo

“É a primeira vez que faço uma personagem com apelo sexual”, disse a atriz, no edifício onde mora, em São Paulo, ao receber com exclusividade a equipe da TAL!
“Marjorie, você está linda, de vestidinho curto, salto alto e cabelos longos pretos! Está linda”, eu disse, logo que a vi. “Pelo jeito interpretar a Christine está te fazendo bem hein?!”, eu brinquei.

Ela riu, nós nos abraçamos, e ela começou: “A abordagem sexual, mais sensualizada, era uma coisa que eu queria buscar num outro personagem, porque eu não tinha feito ainda, e também porque eu tinha dificuldade. Era um lugar desconfortável para mim. Na verdade, foi uma feliz coincidência, porque eu já admirava o trabalho da diretora Monique Gardenberg (dos filmes Ó Paí Ó e Benjamin), tanto no teatro quanto no cinema, e sempre a achei muito talentosa e de muito bom gosto. Portanto, foi um encontro perfeito poder me jogar num universo desconhecido e desconfortável, porém, muito bem acompanhada! E a equipe do espetáculo me permitiu isso.”


O Rafael Primot também está no elenco...
Sim, a história começou com o próprio. Foi ele, junto com o Eduardo Muniz, também tradutor do texto, quem levou o texto para a Monique. O Eduardo leu esse texto, de um norte-americano chamado Adam Rapp, adorou e trouxe para cá. Chamou o Rafa e disse que queria produzir. Eles acreditavam que quem fosse dirigir tinha que ter um olhar muito sensível, tinha que ser uma mulher. Aí chamaram a Monique. Ela adorou, comprou a idéia e foi formando equipe. Me convidou, chamou o André (o ator André Frateschi) também, e a gente começou a ensaiar. A Monique, ao mesmo tempo que é muito sensível, também é muito objetiva, então levantou a peça logo! Nós começamos com algumas leituras, e, em um mês e meio, estávamos estreando. Foi um desafio e, como em qualquer trabalho, me aproveitei daquilo pessoalmente, como uma terapia. Foi ótimo, pude me reconhecer nessa persona. Elas, a Monique e a Michele ( co-diretora), trabalharam bastante em cima do texto e tivemos a colaboração da Márcia Rubim, que fez um trabalho de corpo, de gestual, com a gente...acredito que para a Márcia também foi um desafio, pois me manter em pé naquele salto... (risos).
Enfim, foi um processo intenso, mas, com o encaminhamento dado, fez com que fosse muito menos doloroso. Foi incrível!

Meu Deus, eu nunca te vi usando salto! Que máximo! E fazer a garota de programa, foi tão difícil quanto você imaginava?
Acho que eu pintei um monstro maior. Mas não foi fácil, não. Não só pelo pudor com o meu corpo, mas pelo meu julgamento, pela crítica dessa persona em mim... E isso eu tive que quebrar, para conseguir traduzir direito a Christine.



Quando estivemos juntas pela última vez, você disse que queria muito voltar a fazer teatro, quando acabasse a novela. E voltou... Como foi a temporada do espetáculo Corte Seco?
Eu realmente estava com muita vontade de atuar no teatro de novo, fiquei seis anos fazendo TV, direto! Desde Malhação não parei mais, foi uma novela em seguida da outra. Aí, assim que saí da novela Caminho das Índias, entrei na peça Corte Seco. Aliás, fizemos uma temporada muito bacana, e devemos voltar a apresentar em breve. Fomos para São Paulo, e lotou todos os dias. Depois voltamos para o Rio, e foi ótimo de novo. Agora estamos apresentando nos festivais. A peça é muito jovem, e acho que terá uma carreira grande! E a linguagem da Christiane Jatahy é muito particular...

O que mais te encantou nesse espetáculo?
“Corte” é um jogo. É claro que existem as estruturas concretas na dramaturgia da peça, existe um roteiro que a gente segue, mas ele é muito aberto. Ele é editado ao vivo. A Chris chama as cenas, tem essa estrutura mais ou menos pronta, só que ela corta quando quiser. Então, a cena pode estender um pouco mais, ou ser cortada antes. Ela também pode te chamar numa hora que você não está esperando, e você tem que estar pronta para responder pra ela.

Você não tinha trabalhado ainda com o Bruno Gagliasso. Como foi essa parceria?
Muito boa. O Bruno é muito generoso, tem uma prontidão invejável, é super aberto, interessado em ativo. A gente joga muito junto.

E como foi fazer a Tônia (personagem que Marjorie interpretou na novela Caminho das Índias)?
Foi muito importante, era uma personagem que tinha um pouco de humor, uma coisa que não era muito forte nos personagens que eu já tinha feito na TV. No começo ela era meio desastrada, não se encaixava direito nos lugares. Ela vivia para os estudos e acabou encontrando, nessa falta de encaixe social, o Tarso (vivido por Bruno Gagliasso). E foi um encontro muito puro, sincero, uma coisa que a gente nem está mais acostumado a ver.




Você acha que ainda existe isso?
Acho que existe, embora eu acredite que os relacionamentos estão indo para um lugar mais fácil, e que, quando as pessoas encontram alguma dificuldade, já trocam por outro, não têm muita paciência para lidar com a dificuldade de uma relação. Mas não acho que todo mundo seja assim! Eu gosto de lutar pelas coisas que acredito, em tudo, seja numa relação, seja num trabalho, seja em algum objetivo que eu queira alcançar. Faço o que me cabe. Mas hoje há falta de compromisso, com você e com as pessoas. Falta de respeito, acho que os sentimentos estão sendo banalizados e o resultado é muita permissividade e pouco comprometimento!

Mas não acha que as pessoas estão cansadas, assustadas e querendo agora o romantismo de volta, assim como querem o compromisso, o amor, o companheirismo, a lealdade... Não acha que estamos insatisfeitos?
Sim! Inclusive, no meu espetáculo atual Inverno da Luz Vermelha, o Adam (Adam Rapp, autor norte-americano) aborda isso, as relações nas quais você tem uma carência absoluta e uma vontade muito grande de se relacionar, mas falta paciência para esperar aquela relação se digerir, ou seja, poder existir de fato. Ele fala da idealização, da urgência, das pessoas que nem ao menos conseguem se compreender, quanto menos saber o que sentem! Fala também da solidão... De quando um gesto mínimo acaba tendo um grande significado. Muitas interpretações e diálogos evasivos.

Entre carências e ilusões, na peça Inverno da Luz Vermelha, Marjorie abandona personagens bem comportadas para mergulhar na pele da sensual Christine, nos revelando o mundo de uma garota de programa.

Como está sendo a experiência de fazer esse espetáculo?
Os personagens te obrigam a entrar em contato com muitas coisas que, às vezes, a vida não te proporciona… Ou com coisas que você não está apto a perceber e identificar.
A sensualidade, de uma maneira até óbvia, não era familiar para mim. Na verdade, a sensualidade, de uma forma geral, não era natural em mim!
E aconteceu no momento que tinha que ser. É a terapia que eu estava falando. Os personagens te obrigam a entrar em contato com você mesma, a se entender melhor. Pelo menos esse tem sido o meu caminho.

E tem alguma novela vindo por aí?
Não a principio. Eu estreei agora, e a gente vai ficar com “Inverno” até dezembro, o “Corte” também está passando por vários festivais. Tem o Combinação Sobre Todas as Coisas – show, que é uma espécie de laboratório para o próximo CD, que estamos fazendo em alguns lugares em São Paulo. E vou começar a ensaiar um outro espetáculo para 2011. Também estou fazendo a pré-produção do álbum, que até agora não consegui priorizar… pesquisa de repertório e tal, acabo entrando em outros projetos e empurrando o CD pra frente. Mas pretendo focar nisso e lançar o próximo CD até o final do ano que vem, no máximo!






Então, os autores vão continuar brigando para ter você no elenco e vão continuar esperando sentados...
Imagina! Não existe planejamento que não esteja sujeito a alterações! Eu fico muito feliz por ter feito trabalhos com atores, diretores e autores geniais! Pude desfrutar três novelas com autores diferentes: como o Ricardo Hofstteter e a Isabel Oliveira, o Manoel Carlos, o Agnaldo Silva e a Glória Peres. Foi legal pra caramba! São autores incríveis, e pude aproveitar um pouco de cada um. Sinto-me realizada com a resposta positiva dos trabalhos, não só do público, mas interna também. Então, ficaria extremamente feliz em trabalhar com qualquer um deles novamente e com outros também. Admiro demais o João Emanoel, por exemplo, e adoraria um dia poder trabalhar com ele.

E o ritmo da vida melhorou com o teatro? Todo mundo comenta que com novela você fica mais louco...
Eu acho que sim. No teatro você consegue ter um horário, uma rotina mais previsivel do que na televisão. Dá para marcar um médico, por exemplo.

E no cinema, tem alguma coisa prevista?
Fiz uma participação no filme do Flávio Tambellini, Malu de Bicicleta, que foi muito bacana! Foi uma participação muito pequena, mas foi uma delicia, porque eu estava doida pra fazer cinema e me ofereci para o Flávio. rs. Descobri que ele estava preparando elenco e perguntei se poderia fazer um teste. E fiquei super feliz porque eu estava gravando Caminho das Índias na época, e não tinha expectativa alguma dele topar. Flavio topou e me deu a Sueli, que é uma amiga super problemática da Malu. O filme estreou no festival de Paulínia e foi muito bem aceito!

Nota: Adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, Malu de Bicicleta é o terceiro longa de Flávio R. Tambellini, que também foi produtor de Sonhos Roubados. O longa levou 3 prêmios importantes no Festival de Paulínia: Melhor Diretor (Flávio Tambellini), Melhor Ator (Marcelo Serrado) e Melhor Atriz (Fernanda de Freitas). A estréia do longa será dia 5 de novembro, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A história é de um triângulo amoroso entre Luis (Marcelo Serrado), a protagonista Malu (Fernanda de Freitas) e sua amiga Sueli (Marjorie Estiano). Luis vive em São Paulo, mas se apaixona pela carioca Malu.

“Apesar de ser um papel pequeno, o trabalho é o mesmo, porque você tem que compor aquele personagem. E trabalhei com uma equipe incrível, e com o próprio Flávio, que me deu muita liberdade! Discute com você, é super disponível e aberto. Trabalha junto! Foi muito bacana e aguçou ainda mais, a minha vontade de fazer cinema!”






Depoimento da nossa madrinha:
Abraçando a 1ª Edição, da qual foi CAPA, Marjorie aproveita para se declarar Fã nº1 desta publicação.
“A Revista TAL é o máximo! Ela tem que ter uma exposição maior, porque é tão autêntica, não tem ninguém que faça uma revista assim!
Podia ir pra qualquer lugar. Vir pra São Paulo, distribuir em todas as capitais...o teor, a maneira que você fala, Karina, é muito divertido, é leve...”



FOTOS: CAIO GALLUCCI / www.caiogallucci.com.br

ENTREVISTA NA ÍNTEGRA COM SERGIO MARONE E FOTOS INÉDITAS!

“PLAY”
Sobre sexo, mentiras e videotape

Depois de seu mais recente trabalho na TV Globo, como Nick, na novela “Caras e Bocas”, o galã Sergio Marone entrou direto para a turnê de seu 5ºespetáculo, “Play – Sobre Sexo, Mentiras e Videotape”.
Indicado ao “Prêmio Shell”, como Melhor Texto, o espetáculo foi eleito pelo jornal “O Globo”(RJ) como uma das melhores peças de 2009. Com autoria de Rodrigo Nogueira, é baseado no filme “Sexo, mentiras e videotape”, de Steven Soderbergh.
A trama envolve um triângulo amoroso, no qual a realidade se confunde com o imaginário. “César” trai a esposa “Ana”, com sua cunhada “Carla”. Neste contexto chega seu amigo “Sérgio”, que irá desestabilizar as relações. Sucesso de crítica no Rio de Janeiro e em São Paulo, “Play” aborda os dilemas de cada indivíduo e suas ansiedades geradoras de conflitos. A transposição do cinema para o palco se tornou possível porque o roteiro cinematográfico permitia a ausência de cenários. A direção é de Ivan Sugahara.
No elenco, além de Marone, estão Maria Maya, Rodrigo Nogueira e Daniela Galli. E como “stand-in”, as atrizes Cintya Falabella e Juliana Mesquita.
 
 


Como foi apresentar o espetáculo “Play – Sobre Sexo, Mentiras e Videotape” em São José dos Campos?
Foi super legal, quase todos os dias o teatro estava lotado. A gente sabia que iria ser bom, mas não logo de cara. Sabíamos que o espetáculo iria pegar...

Por quê? Qual o ponto mais forte do espetáculo?
O texto, sem dúvida nenhuma, porque o tempo inteiro o público se identifica com ele. Às vezes se sente dentro da cena, às vezes se sente espiando de fora, uma coisa meio voyeur. Não existe um momento único de identificação, porque é um texto muito contemporâneo, muito atual, muito moderno, com piadas inteligentes e engraçadas. Em um momento ou outro tem uma “piadinha” mais popular. Mas acho que o público aqui é muito mais disponível que o público de São Paulo. Em São Paulo as pessoas são mais críticas e vai para o teatro ver o que temos para mostrar, e que demora um pouco para amolecer, leva uns dez ou quinze minutos para se entregar à peça. Aqui não, desde o começo o público já torce e está de alguma forma participando do espetáculo. Eles vêm para embarcarem na história e se divertir.

Você iniciou sua carreira como modelo?
Na verdade eu sempre fiz teatro, mesmo antes de trabalhar como modelo. Eu comecei a trabalhar como modelo para pagar meu curso de teatro, depois que sai da faculdade de direito. Estava tudo esquematizado. Eu fiz TAPA, em São Paulo, fazia as oficinas deles até começar a fazer meus testes para televisão. Quando passei, fui para o Rio de Janeiro fazer novela. Mas também já fiz muito teste para teatro. As pessoas não conhecem muito minha história com o teatro, mas “Play” é minha quinta peça. Das últimas quatro pra cá, tive muita sorte, porque umas foram indicadas ao Prêmio Shell, foram bem aceitas pelo público e pela crítica, então me sinto muito privilegiado no teatro.




Então, você é um cara de teatro...
Não, não sou um cara de teatro. Nem tenho a pretensão de dizer isso, mas eu sou privilegiado, por ter recebido bons convites, sempre com gente bacana, gente que aprendo. Já viajei para o exterior, fiz um festival ibero-americano. “Play” foi indicado como melhor texto... Mas não digo que sou do teatro, porque um cara do teatro é o Paulo Autran. Uma mulher de teatro é a Fernanda Montenegro. Eu to aqui começando, engatinhando...

Você trabalhou com moda e faz TV, que também trabalha muito com imagem. Você se sente consumista?
Eu compro o necessário. Faz mais de ano que não compro nada de roupa. Mas compro coisas para minha casa, por exemplo. Não consumir por consumir, se entregar a essa coisa desenfreada que o capitalismo te estimula o tempo inteiro. Você precisa saber o que é essencial e importante para você viver bem. Não dá para buscar felicidade nessas coisas. Eu compro tênis fora, porque calço 46 e há poucas coisas que gosto muito, por isso uso até acabar, gastar o máximo, até cair a sola. Minha faxineira que fica louca comigo, me perguntando se não vou jogar fora. Eu espero cair a sola, esfolar...

Qual é o limite entre sorte e escolha?
Acho que não existe esse limite, não dá para separar. Mas acredito em sorte e acho que precisamos um pouco dela na vida. Tem um filme do Woody Allen, que gosto muito, o “Match Point”, que fala muito sobre a questão da sorte na vida das pessoas. A sorte não tem explicação. Eu tive sorte de morar em São Paulo, ter feito um bom curso de teatro e ter sido convidado para fazer um teste, mas não sei exatamente onde ela está. Um pouco também é projeção, você acaba desejando tanto uma coisa, que ela acaba se concretizando, o universo acaba abrindo as portas para você. Acho que a sorte também está ligada a essa coisa de energia, não sei...



Você foi chamado para seu primeiro teste, que te levou para a TV, ou você a procurou?
Eu sempre a procurei, porque fazia teatro, trabalhava como modelo, fazia publicidade e conhecia bastante gente. E ai ficava sabendo dos testes. Também tinha meu material em agência de atores, e sempre foquei minha carreira de modelo nessa coisa mais de comercial, que é ligada mais à atuação.

Você disse que não podia fazer passarela porque não tinha calça do seu tamanho...
Nem sapato, né? risos

E como foi sua adaptação no Rio de Janeiro?
Não tem como não se adaptar. Agora é mais difícil, com o calor que está fazendo, um verão pior que Senegal. Mas há dez anos não tinha como não se adaptar. Foi uma viagem bem legal, bem doida, porque estava ansioso, já que iria fazer novela e tinha que estar lá uma semana antes para fazer os workshops. E eu não sabia ainda onde iria ficar. Sai de São Paulo na segunda de manhã, porque tinha que estar à tarde no Projac. Acabei não dormindo à noite. Sai de madrugada e cheguei no Rio às 7h. Na época tinha um carrinho pequeno, enfiei tudo dentro, e fui. Cheguei lá, comprei um jornal para começar a dar uma olhada em apartamento para alugar. Cheguei a ver uns quatro na parte da manhã, em Copacabana. Eu queria morar na Zona Sul, mas não dava para pagar, e fiquei deprimido. Acabei contatando um tio meu, e depois de quinze dias morando num flat, na Barra, acabei indo pra casa dele, no Recreio, que era longe de tudo, mas com uma estrutura bacana, empregada etc.

Quem foi a primeira pessoa que você contracenou na TV, com quem você já tinha vontade de trabalhar?
Nelson Xavier foi o primeiro na novela e Sérgio Mamberti um dos primeiros. São dois gênios, muito generosos em cena. Eu me vi em cena com o Nelson, dentro de um Fusca, com o câmera e o rapaz do áudio, e eu fazendo iluminação, porque não cabia outra pessoa no carro. A televisão tem essas dificuldades, e é bom pegar pessoas assim, gênios e generosos, quando está começando. Gente sem vaidade nenhuma. Insegurança todos nós temos, antes de qualquer estreia vamos ficar nervosos.

Qual o próximo projeto depois de “Play”?
Temos coisas agendadas até o mês de agosto. Apresentaremos em Campinas-SP, de 6 a 29 de agosto, todas as sextas, sábados e domingos, no Teatro Parque D. Pedro (Shopping Parque D. Pedro). Então... Por enquanto não estou preocupado com o próximo projeto. Acabei a novela e já emendei na peça. Eu adoro também não ter projeto nenhum para poder descansar.


O que você faz nesses ínterins?
Viajo e estudo. Eu gosto de viajar, passar um tempo fora. Já fiquei três meses morando e estudando na Califórnia. Já fiquei um tempo na Europa, sozinho, e foi ótimo! De mochilão nas costas. Visitei Praga, Amsterdam, esses lugares que você se sente um analfabeto. Lê o nome da rua e não entende nada. É legal você ter que se virar, fazer uma viagem de autoconhecimento, é muito bom conhecer pessoas diferentes, gente interessante. De dez anos pra cá eu viajei bastante sozinho.

Você disse, em uma entrevista na rádio, no “Pânico”, que não se leva a sério. O que isso significa?
Significa ter senso de humor. Por exemplo, quando os humoristas do pânico vêm até você fazer uma piada. O brasileiro, às vezes, leva tudo muito a sério demais, não sabe fazer piada de si mesmo. O americano faz muito isso. Os candidatos (políticos) vão muito a programas de humor, como o Saturday Night Live, zombam deles, mas isso traz popularidade pra eles. Você tem que saber tirar partido disso, levar na boa e se divertir. Tem que levar a sério um projeto que escolheu fazer, aí sim. Sou sério, quero saber quem vai fazer, qual elenco, e se não gostar não vou fazer. Tem que saber a hora certa de levar a sério e de levar com bom humor.

O que te deixa mal humorado?
Trânsito, fome e levantar cedo.

Qual é seu ponto fraco?
As coisas boas de comer. Sou teimoso. Já fui compulsivo com doce. Hoje em dia me policio, ando com barra de cereal na mochila. Doce é meu ponto fraco. Quando começo a comer, vou comendo. “Relaxo” bem quando saio de cena. Em contrapartida, me alimento muito bem de coisas saudáveis.

E qual seu ponto positivo?
Sou um cara tranquilo, paz e amor, sossegado. Não me preocupo com nada, deixo as coisas acontecerem. Pra que me pré-ocupar?


FOTOS: DIEGO MIGOTTO / www.diegomigotto.com