Queridos, eu sei que foi na edição de Natal este bate papo delicioso, acontece que foram inúmeros pedidos, até que, então, resolvi postar hoje no blog...
Aproveitem!!!
Às 11h15min de um dia extremamente quente, na Cidade Maravilhosa, estava Luigi nos esperando, em sua casa, com aquele frequente sorriso no rosto. Tomou duas “coca-cola light” geladas, para “dar uma refrescada” antes do bate-papo. E lá fomos nós... Eu não cheguei a ficar nervosa, mas não nego que foi diferente a sensação de, naquele momento, “entrevistar um entrevistador”.
Luigi, você já entrevistou entrevistadores. Acha diferente? Te dá um “friozinho” na barriga?
Não, porque costumo observar muito meus entrevistados. Por exemplo, estou vendo que você tá “toda verão”, com roupa e batom coloridos, com brincos e anéis... (eu interrompo): “Mas hoje sou eu que tenho que observar, porque você é o entrevistado!”. Ele ri e comenta: “Mas você já ficou mais à vontade só de eu ter falado tudo isso, então é isso que faço sempre, deixar as pessoas à vontade. E procuro sempre ‘bater um papo’ com meu convidado, nada de ‘entrevistar’. Tem que saber ouvir também. E haver muita naturalidade”.
E com toda essa espontaneidade, você acaba “tirando” coisas das pessoas que outros entrevistadores não conseguem, não é?
Não é a minha intenção, mas às vezes acontece sim. Como, por exemplo, quando entrevistei a Fernanda Montenegro. Ela soltou uma “pérola”!
E você supervalorizou essa “pérola”?
Não, aquilo ficou só na nossa conversa mesmo. Eu nunca supervalorizo as coisas, acho que vira sensacionalismo, não gosto.
Eu li que a Andréia (mulher de Luigi) está satisfeita com dois filhos: Vittorio e Vicenzo, além da sua filha Rúbia. Também, que você ainda não sabe se quer mais, porque vocês se preocupam com essa coisa de o mundo estar com tanta violência e tantos problemas sérios com o meio ambiente. Na hora de decidir ter filhos, até onde você acha que esses fatores influenciam um casal?
Acho que ter filhos é uma coisa natural da humanidade. Mesmo que haja tantos problemas e medos, as pessoas acabam os tendo do mesmo jeito. Os filhos são uma continuação da gente. É uma forma de perpetuarmos os nossos genes. Nós estamos muito satisfeitos com nossos filhos e, por isso, não pensamos em ter mais.
Sou sim, inclusive hoje acordei mais cedo do que precisava e quis levar meus filhos à escola. Gosto de acompanhar suas atividades extras, como futebol, skate, ginástica olímpica, kart, etc. Aproveito e pratico com eles também (risos).
Seu filho Vicenzo é fã de Michael Jackson. Como foi a festa de oito anos que vocês deram a ele?
Foi com o tema do Michael, ele foi a caráter e dançou, deu um show... Eu incentivo muito aqui em casa, até porque eles têm veia artística. A festa foi idealizada por ele, e eu quis que fosse exatamente como ele a idealizou. Deu muito certo, foi uma festa linda!
A Andréia é sua empresária, e isto justifica, na minha opinião, todos os elogios que ouço sobre vocês dois. Qual de vocês administra a casa?
A Andreia administra a casa, com o meu aval. Ela gosta de me passar tudo que acontece na casa, e, como é minha empresária, me passa tudo que se passa na Produtora também. Sendo assim, acabo participando de tudo, e ajudo como posso. Gosto de saber o que acontece, e procuro estar muito presente. Ela me ajuda nisso, e sobra um 'tempinho' para que eu pratique meu tênis.
Já pensou em ter um “negócio”, em ser empresário?
Já pensei nisso sim, mas não sei... (Ele sorri, lembrando) Teve uma época em que eu engordei um pouquinho, e a agência (de modelo) não me chamava para trabalho (de publicidade), aí comecei a vender roupas, e deu muito certo! Eu vendia muito, tinha um bom dinheiro nas mãos todos os dias. As mulheres compravam e compravam... Em três meses, eu já tinha três revendedoras (ele ri).
Você estava fazendo comerciais, quando o diretor Geraldo Vietri te viu e te convidou para a TV. A partir daí, você nunca mais parou. Você acredita no “acaso”?
Não, acho que nós fazemos nossas escolhas. O Geraldo Vietri me abriu portas, mas eu também tive que ir atrás de tudo e batalhar, escolhi aceitar esse desafio e não parei mais. Por exemplo, hoje está sendo um dia muito feliz para mim, pelas minhas escolhas... Por ser meu dia de folga no “Vídeo Show”, poderia ter feito várias outras escolhas, mas eu quis levantar mais cedo, levar meus filhos à escola, jogar tênis, agora estou aqui, e às 15h tenho outro compromisso. Entendeu? Tudo está aqui ó (faz um gesto apontando para a cabeça).
Como foi interpretar “Jesus”?
Foi muito emocionante, fiquei muito envolvido e, na época do filme, eu trocava parábolas por telefone, com o Pe. Marcelo Rossi. Interpretei “Jesus Cristo” no teatro (“Paixão de Cristo”) e no cinema (“Maria, mãe do filho de Deus”). Só não fiz a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, mas já interpretei cinco vezes Jesus, pelo Brasil.
Você é cristão?
Sou místico.
Foi um presente interpretar várias vezes “Jesus Cristo”?
Sim, muito. Ele é o maior “personagem” de todos que já existiram.
Luigi fala de forma objetiva, e seus pensamentos são muito organizados. Ele me ouve, muito atento, quando preciso falar. Porém, seu jeito engraçado não esconde a sensatez e a maneira de ver a vida com tanta consciência e responsabilidade. Não é à toa que está com todo esse grande sucesso pessoal e profissional. É admirável!
Já tinham me contado que Luigi, além de ator e apresentador, também era um excelente imitador. Quando perguntei a ele se era verdade, soltou uma risada no mesmo instante, e começou a imitar Silvio Santos. Depois de muitas risadas, soltou seriamente: “Acho que desmaio se estiver frente a frente com o Silvio.”
Por quê?
Porque ele é fantástico! Era camelô e virou o maior apresentador, e um grande empresário! Por isso o admiro, ele é genial.
Bem que você poderia fazer algumas imitações no “Vídeo Show”. Que TAL?
(ele ri e tece outro comentário). Eu brinco que o Vídeo Show “são as melhores férias” que eu já tive, porque é muito bom trabalhar no Programa, muito leve. Me divirto muito com meus parceiros e amigos que tenho lá. O clima é muito bom entre a gente, é sempre descontraído. Não há mais nervosismo para trabalhar ali. No começo eu ficava parado uns trinta minutos (risos), me preparando para entrar ao vivo. Hoje em dia, não mais!
Além de suas várias qualidades, acho que sua marca registrada é o carisma. As pessoas comentam que gostam de você, que te acham muito simpático, mesmo sem conhecê-lo. Você sabia disso?
Que bom ouvir isso! Acho que o segredo está na espontaneidade, e também em procurar ser sempre verdadeiro com o telespectador.
Se você tivesse apenas mais um dia para trabalhar na vida, atuaria no cinema, na TV ou apresentaria o Vídeo Show?
Eu não faria nada no meu último dia de trabalho. Poxa, já é o último mesmo! (risos)
Sei que você está numa fase muito boa na TV, e feliz. Porém, já tem algum outro plano “dentro” da própria TV?
Tenho sim, a gente sempre tem né.
Luigi, você sabe que a CAPA que estamos fazendo é a de Natal. Você topa posar para a TAL com o gorro de Papai Noel?
Eu já vi os dois gorrinhos ali em cima da mesa (fala de uma forma muito engraçada, e depois ri). Vamos lá! Para quem já foi o Papai Noel da família por dez anos, o que é um gorrinho? (risos)
Muito à vontade e extremamente bem humorado, Luigi levanta-se para a seção de fotos.
Brincalhão, ele fica o tempo todo imitando “Silvio”, enquanto Flávio Jardim, fotógrafo da TAL, faz, aos risos, os cliques finais.